Editora Lacre lança selo erótico Kāma.
Estamos aceitando originais.
Muitos livros eróticos estão sendo publicados, vendidos e lidos. Destes, vários são editados pelo próprio autor – autopublicação via plataformas de internet. Mas então a literatura erótica está viva? Sim, vivíssima! Só que a maioria destes livros existem exclusivamente no formato digital – e-books.
Não parece injusto que esse tipo de literatura fique escondido dentro de um tablet ou celular? E que não seja oferecido ao leitor na mesa central ou vitrine de uma livraria, ao lado de tantos outros de gêneros diferentes? E que não tenha uma casa editorial que o abrigue?
Visitei algumas livrarias no Rio de Janeiro – cidade ousada, sensual e berço da vanguarda cultural – e a maioria não tem uma área de literatura erótica e, quando a tem, fica bem escondida… Alguns leitores podem argumentar que é por causa das criancinhas que também as frequentam, mas será?
Paralelamente, um grupo com cerca de 200 mulheres do qual faço parte no Whatsapp – as Matildes Boudoir, criado pela jornalista Antonia Leite Barbosa e bastante “esquentado” pelas autoras Ilana Eleá e Kika Gama Lobo – pegava fogo com dicas de livros, filmes, brinquedinhos e locais hot.
Inspirada por estes dois cenários, revolvi criar um selo literário erótico – Kāma, palavra sânscrita que significa “prazer” – e inaugurá-lo com uma coletânea de poemas e contos com a participação de 26 autores e um romance que narra as aventuras sexuais de um travesti.
Flávia Lamas Portela, Editora.